quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Scarlett Johansson e Pete Yorn


Não é que a talentosa atriz Scarlett Johansson - de "Encontros e Desencontros", "Match Point" e "Vicky Cristina Barcelona" - é também talentosa como cantora? Quando ouvi alguns meses atrás que ela havia lançado um disco, ouvi o comentário com descrença, já que estou cansada das atrizes-modelos-cantoras-apresentadoras.

Mas seu disco ao lado de Pete Yorn, "Break Up" é orgasmático e não sai aqui da vitrolinha. Encantador, dançante, inteligente, bem tocado, bem produzido, as músicas te levam ao paraíso (sim, ele existe aqui na Terra).
Pontos fortes do disco: "Blackie´s Dead", "I Don´t Know What to Do" e a que está tocando direto na MTV, "Relator". O videoclipe também é incrível!!

"Anywhere I Law my Head", o primeiro e outro disco da graçinha e talentosíssima Scarlett, ainda não ouvi, mas sei que têm músicas de Tom Waits e participação especial de David Bowie. Querem mais??

Super recomendado.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Alguns livros


Demorei quase um ano para terminar a obra do argentino Alan Pauls, "O Passado". O livro que foi transformado em filme com o bonitinho Gael Garcia Bernal. Não sei qual é o mais chato, o livro ou o filme; me parece que o autor quis revisitar um pouco da escola literária romântica, porque há tantas descrições e tão poucos diálogos que se ele fosse objetivo, o livro teria 100 páginas e não quase 500.

Mas falando de coisa boa, não é só de José Saramago que a literatura portuguesa vive atualmente. Me foi apresentado o escritor José Luis Peixoto, com seu livro incrível, "Uma Casa na Escuridão". A escrita é de uma beleza indescritível, e é um daqueles casos em que a tristeza, o caos, a desordem podem se tranformar em algo belíssimo. Porque de alguma maneira a tristeza é bonita. Fácil é enxergar beleza no belo, difícil é ver beleza no feio.

"Dentro de mim, havia aquele cemitério a anoitecer, o frio insuportável de um inverno distante, um inverno na memória e frio, mais frio, ainda mais frio, insuportável e mais frio ainda. Um inverno que se recorda por ter sido o inverno mais frio da vida. Um inverno inteiro. Todas as noites de um inverno passados no cemitério. Um inverno frio de mármore. O frio daquela campa, daquele corpo e daquele amor definitivamente sepultado no interior da minha pele, em cada instante da minha pele de mármore, na cara, no pescoço, no peito. Carne congelada, sangue congelado, escuridão congelada".

E pra terminar, comprei e já li um bocado do novo livro da Lionel Shriver, a mesma de "Precisamos falar sobre o Kevin", chamado: "O Mundo Pós-Aniversário". O desenrolar é sobre uma mulher casada há nove anos que sente atração por um outro homem, e simultaneamente o livro conta a vida dela em dois casos, se ela traísse o marido e se ela não o fizesse. Parece banal, mas tô achando que nada, nenhum assunto que essa mulher escreve é banal. Muitíssimo bem escrito, que prende o leitor e com coração, o coração que falta na obra de Alan Pauls que tirando a beleza estética do livro não sobra nada além do tédio.
Obs: a foto é da escritora Lionel Shriver. Sou fã já, muito fã.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Uma Viagem por Paris


"Um tributo sem falhas a Paris e ao espírito da infância", diz o Jornal New York Times, sobre o filme francês "A Viagem do Balão Vermelho". Concordo plenamente, mal o filme começou e eu já estava emocionada.
Apresentado em Cannes, o filme conta com a presença marcante da já tarimbada, Juliette Binoche (Quais são as nomeações ao Globo de Ouro, mesmo?). Assim como qualquer filme francês que se preze, o filme não fala de nada em espcífico mas abrange o mundo. E o mundo nada mais é que o cotidiano das pessoas.

Uma mãe, um filho pequeno e uma babá são o contexto para divagações sobre a capacidade imaginativa que pode despertar na gente uma outra forma de encarar os problemas (muitos) da vida. O filme é permeado de arte: a mãe é uma artista de marionete, a babá é estudante de cinema e o filho aprende com as duas a jornada mais difícil hoje para uma criança que está crescendo: sonhar. E a gente sonha junto, junto dele, junto do balão vermelho que cruza a cidade de Paris, não só a retratada nos cartões-postais, mas a Paris suja, caótica, como qualquer megalópole.

Um filme verdadeiro, triste/feliz, emocionante. Para definir melhor, fico com a crítica do Chicago Tribune: "Uma obra prima".

Obs: na camiseta do menino com letras garrafais aparece: Change the World. Comecemos a mudar o mundo apreciando o que há de melhor e dividindo tais coisas com quem gostamos, por isso, procurem a locadora mais próxima!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Cantando baixinho:

I'm so much older than I can take...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Impressões sobre os nomeados ao Globo de Ouro


Vendo a lista dos indicados ao prêmio Globo de Ouro só enxergo mesmice. Fora a nomeação do sensacional "Bastardos Inglórios", do espetacular Quentin Tarantino, que dirige como se estivesse brincando com as mais numerosas referências cinematográficas de todos os tempos, os outros nomes são quase nada.

Mais uma vez, a atriz Meryl Streep é indicada, não uma vez, mas duas na mesma categoria. Não acho ela ruim, mas basta esta mulher fazer qualquer coisa que é indicada, uma chatice só.
Julia Roberts por "Duplicidade"? Sandra Bullock por "A Proposta"? Devem estar de brincadeira!
E mais uma vez os mesmos: Hellen Mirren, Morgan Freeman, George Clooney, e o engodo chamado James Cameron. Será que ele vai ser o rei do universo novamente?

Dos nomeados enxergo simpatia imensa apenas pela grande atriz, Julianne Moore e pela já premiada, Penélope Cruz e seu mestre, Pedro Almodovar. Mas não são eles que irão levar...