quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Baiano, carioca, paulista...


Ouvindo essa música da Adriana Calcanhotto na voz de Belô Velloso, eu desejo internamente essa simplicidade nas sextas, segundas, terças...
Porque todo dia é dia de beleza, de qualquer tipo, com qualquer intenção, ou sem nenhuma intenção ou razão. A emoção é sempre mais interessante!

Toda sexta-feira toda roupa é branca
Toda pele é preta
Todo mundo canta
Todo céu magenta
Toda sexta-feira todo canto é santo
E toda conta
Toda gota
Toda onda
Toda moça
Toda renda
Toda sexta-feira
Todo o mundo é baiano junto.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Luz, mais luz...


Já escrevi neste blog anteriormente que Natal e Ano Novo são festividades que dependem de fé. Eu não tenho nenhuma crença em algo sobrenatural, metafísico. Mas quero acreditar que o ano de 2009 possa ser melhor - sempre melhor -, que as pessoas ainda possam conseguir estender as mãos cansadas, que possam celebrar e chorar juntos e comemorar o fato de simplesmente estarem vivos, como se todos os dias fosse ano novo, nesse sentimento de esperança que não sai do nosso corpo, que escapa pelos nossos poros, que alimenta nossos dias e que faz a gente prosseguir pelos outros 364 dias do ano.

Quero, sim, acreditar que o amor, o respeito e o carinho possam ser vistos com um olhar nosso, humano, e que estes sentimentos vençam outros: a raiva, a ganância, a inveja e a ira.
Eu quero acreditar nas pessoas e isso é quase como acreditar em papai noel...

Esse pequeno texto é dedicado a três pessoas generosíssimas que me fazem acreditar em papai noel: Mônica, meu tio Carlos e minha tia Silvia.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Gênio maior da MPB


Mesmo com o preço salgado, comprei e me deleitei com o novo DVD da cantora brasileira, carioquíssima e do mundo, Marisa Monte.
Infinito ao meu Redor não é como os outros DVDs musicais, é um documentário da turnê dos dois discos lançados pela cantora em 2006: "Universo ao meu Redor" e "Infinito Particular".

Fã de carteirinha desde quando ela lançou MM há muito tempo atrás, Marisa só se reinventou, melhorou e conseguiu dar novas perspectivas à música brasileira. Genialidade, generosidade, honestidade, franqueza são adjetivos poucos para a maior diva da nossa música, que canta igual e com a mesma intensidade em casas famosas do mundo todo e no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
Junto com o DVD, ainda tem o Cd das músicas filmadas para o documentário, com as duas inéditas e bacaníssimas: "Pedindo pra voltar" de Carlinhos Brown e Alain Tavares e "Não é Proibido", de sua autoria, Seu Jorge e Dadi. Gente de primeiríssima, que aparece no documentário com outras pessoas de primeiro time da música e da arte brasileira.

O projeto é interessante também para que as pessoas que acham Marisa esnobe, elitista e chata, mudem de idéia. Marisa é do povo, trabalha duro, ela se espanta, se encanta e acaba encantando um mundo de gente que assim como eu, ao ouvir suas canções, despertam para um outro universo, um muito mais bonito do que esse que a gente se depara todos os dias.
Encantadíssima, emocionada, eu agradeço mais uma vez e mais uma vez repito sobre o gênio maior da música brasileira atual: Salve, salve Marisa.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Como alguma coisa que nem sei...

Tanta coisa, eram para ser palavras bonitas o suficiente para descrever o bem que você me fez, me faz. Uma canção descompromissada, um acorde vindo do nada, um som, uma melodia que eu sempre quis escutar. Como é que se faz?
E a sua presença, branca, branca, invade todos os poros do meu corpo e ainda me faz acreditar nas pequenas felicidades, aquelas, como uma pessoa enrolada numa toalha demorando ao meu lado, demorando, demorando até que virasse poesia. Cabelo molhado tocando o meu corpo com carinho, me tocando de leve, bem leve, como se fosse filme. Uma pessoa que me fizesse rir quando eu a tocasse, que me desejasse bom dia como se fosse um desejo de bom ano, que me dissesse "te amo" olhando para os meus olhos e que ainda visse algum brilho neles, como num quadro impressionista. Que me entendesse, que compreendesse que eu não sou aquilo que dizem e mesmo assim me achar interessante o suficiente para estar ao meu lado.
Mas as palavras não são boas o suficiente, porque eu sou comum demais, porque tenho um coração que bate acelerado demais, mãos que tremem demais, uma pessoa desastrada demais, vira-lata demais, tudo demais. E tudo tão pouco pra dizer da sua presença branca e do bem que você me faz...