quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pedro Almodovar e Marisa Monte


Feriado de finados bom pacas! Deixei os mortos em paz e fui conferir os que estão muito vivos!
Depois do apenas mediano, "Abraços Partidos", fui conferir o novo filme do Almodovar, "A Pele que Habito", e saí da salinha do cinema deslumbrada mais uma vez com a capacidade que esse homem tem em criar histórias que poderiam ser apenas normais em temáticas mas que nos deixam encantados/assustados/inebriados/loucamente vivos. Porque, não se enganem, em época de "Avatar", "King Kong" e exterminadores do futuro, o melhor tema ainda é os seres-humanos com suas falhas, loucuras, bizarrices e seus amores, normais, neuróticos ou psicóticos. E atualmente, ao lado de Woody Allen e Sofia Coppola, Almodovar é o melhor para dirigir nossos sentimentos e sinas, "nossas dores e delícias de ser quem somos". E identifica-se todos aqueles que ainda tem sangue correndo nas veias. Salve, salve Pedro!!
Depois do cinemão, corri para comprar o novo cd da maior cantora brasileira da atualidade, Marisa Monte, depois do intervalo, normal para ela, de quatro anos: "O que você quer saber de verdade". Já tinha lido algumas críticas e concordo com a maioria delas. Discaço de primeiríssima, com canções que se não se destacam pela novidade, se destacam pela beleza singela, do perfecçionismo que já virou sinônimo da cantora.
O que poderia se tornar músicas bregas na voz e em arranjos com outras pessoas, com ela, tudo fica "cor de rosa e carvão". Das 14 faixas, 10 são dela ou de Arnaldo Antunes ou de Carlinhos Brown ou dos três juntos. Um trio que há tempos dá certo.
As melhores: "O que você quer saber de verdade", "Depois", "Aquela velha canção", "Hoje eu não saio, não" e "Seja Feliz". De tocar repetidamente! Salve, salve Marisa!!!
"Não vou te mandar pro inferno porque eu não quero e porque fica muito longe daqui". (Marisa/Brown)