sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Minhas Mães e Meu Pai - Parte II


Eu chorei, chorei. Muito.

O filme, independentemente de colocar uma temática homossexual, é universal, serve também para os casais heterossexuais. Serva pra todo mundo. Serve para identificar - como diz a personagem de Julianne Moore - nossas projeções, nossos lixos internos. E de como é complicado manter um casamento por tantos anos. A gente já se acostumou a jogar a culpa no outro - e as vezes é - mas a gente tem que se acostumar a perceber quais as nossas falhas, e isso é imensamente difícil e pior: reconhecê-los para o outro, não considerá-los fraquezas.

Imensamente linda a cena em que elas conversam sobre a traição, imensamente comovente o pedido de perdão, imensamente belo quando Annette Benning canta na mesa uma canção de Joni Mitchell, imensamente esperançoso por não ter um final fácil, romântico e mentiroso dos filmes americanos. Imensamente humano.

Não acredito que Annette Benning faça um papel melhor que Julianne Moore. Acho que as duas conduzem o filme inacreditavelmente bem.

Daqueles filmes que ficam no coração. Daqueles difíceis de achar hoje em dia.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

E Meus Favoritos Irão Perder Novamente!


Meus favoritos nas categorias principais do Oscar 2011:

Melhor Filme - Minhas mães e meu pai ou Cisne Negro. (ok, ok, nenhum vai levar)
Melhor Diretor - Darren Aronofsky por Cisne Negro.
Melhor Ator - Colin Firth por Discurso do Rei. (pela injustiça do ano passado)
Melhor Atriz - Annette Benning por Minhas Mães e Meu Pai ou Michelle Williams por Blue Valentine. (mas vai dar Natalie Portman, que não é de todo mal)
Melhor Ator Coadjuvante - Mark Ruffalo por Minhas Mães e meu Pai.
Melhor Atriz Cadjuvante - Jacki Weaver por Reino Animal.


Acho que só vou converter o voto de Colin Firth...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Violência Escancarada


Algumas vezes eu tento baixar alguns filmes da internet por achar que eles não valem o dinheiro do cinema ou da locação. Assisti hoje um remake da década de 80, que ainda não estreou nos cinemas brasileiros, "I Spit On Your Grave", ou aqui no Brasil, "Doce Vingança" e fiquei pensativa a respeito dele quando acabou. (Valeria o preço salgado de R$13,00 nas salas de cinema).

Resumindo o filme: Jennifer é uma escritora que se refugia em uma cabana longe da cidade e é humilhada, torturada e estuprada por 5 homens do local, inclusive pelo xerife. Jennifer consegue escapar da morte e volta para torturar e matar seus algozes.
Obviamente não é uma história nova, muitos filmes do tipo podem ser assistidos por aí. Mas esse é sinceramente honesto. Não mascara a violência extrema de acontecimentos horrorosos, ele escancara, nos convida à assistir - deliberadamente, pois a violência gera curiosidade - atos que estamos acostumados a ouvir e ler em todos os noticiários.

Não me questionei por sequer um minuto se a vingança deve ou não ser cometida por quem uma hora foi vítima, nem me perguntei se teria a mesma coragem, nem se é certo ou errado. Questionamentos assim devem ser feitos apenas por quem passou por algo tão constrangedor e humilhante, porque a moral da história é exatamente essa: você pode assistir, ser um voyeur, tentar entender os sentimentos de vítimas de maus-tratos, mas jamais chegará perto da sensação da dor dessas pessoas. Entender, explicar, justificar são apenas tentativas nossas para conseguir continuar vivendo em um mundo que violência psicológica e física são comuns, deixando marcas apenas nos que sofreram, já que a maioria das vezes os que cometeram tais atos, saem imunes de qualquer castigo ou punição.

É evidente que o nosso lado animalesco gosta de assistir os algozes sendo torturados. Nos colocamos no lugar da mocinha e sentimos vontade de agredir aqueles "que merecem". O sorriso de contentamento da escritora no final do filme é revelador: não se trata apenas de vingança, mas do gostar de inflingir dor nos outros, que socialmente é inconcebível, ou deveria ser.

O filme pode ser relevante porque mostra o pior que existe em nós, e para quem quer enxergar, revela a monstruosidade existente que a gente tenta violentamente esconder dos outros, para mostrar que somos diferentes da raça de "monstros" que cometem estupros, violências arbitrárias e assassinato. Não somos.
Apenas escondemos melhor.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Minhas Mães e Meu Pai



Para começar bem o ano, coloco esse trecho do filme vencedor do Globo de Ouro de 2011, na categoria "comédia", embora a mim isso pareça drama. Enfim...
Não tive a oportunidade de assistir ainda, e parece que já saiu de cartaz, então esperarei ansiosamente que saia em DVD, porque não é sempre que se consegue juntar Julianne Moore e Annette Benning em um só filme. Além das divas darem show, a temática é super atual e merece atenção por falar sobre homossexualidade com naturalidade e franqueza.

Vambora para 2011

Com a mudança de cidade fiquei sem internet por um tempo grande (ai, se eu tivesse saco, ia ao procon), mas cá estou eu para continuar dando as minhas opiniões erradas, meus comentários equivocados, minhas dicas elitistas e etc etc. Que venha o mundo de 2011!
Já já volto!!!