segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dicas de leitura




Frequento uma rede de Cinema em Campinas em que o público-alvo se delicia com filmes europeus e sul-americanos em sua maioria, e dentro desse cinema há uma biblioteca que não precisa de carteirinha ou algo parecido, você pode levar qualquer um para casa e eles confiam que existirá uma devolução, assim como esperam doações. Pelo que eu já vi, o acervo deles cada vez cresce mais e eu já retirei alguns bons livros de lá. E são nessas horas que ainda acredito que há ser humano decente em quem pode-se confiar. Mas a postagem aqui é literária: dia desses li uma obra que não tinha ouvido falar, e sua autora, uma completa desconhecida pra mim: Cães de Babel, de Carolyn Parkhurst e simplesmente me apaixonei pelo livro. Muito bem escrito, Carolyn desenvolve uma trama tocante sobre perda, dor e algumas formas incomuns de luto. Não sei se estava sensível, mas chorei baldes no final (no meio também) e o livro se tornou um dos meus preferidos dos últimos meses.



Antes de "Cães de Babel", li com muito entusiasmo o provocante e extremamente triste, "A Visita Cruel do Tempo", da vencedora do Pulitzer, Jennifer Egan e estou a caça de outros títulos da autora porque é impossível esquecer do enredo facilmente quando você se confronta com o passar do seu próprio tempo, com as tristezas e amarguras acumuladas durante uma vida, dos sonhos mutilados, da beleza e juventude que se acabam, do horror que pode ser a vida em determinados momentos, das escolhas erradas e da solidão que se acumula dia pós dia. Segundo o Los Angeles Times: "O melhor livro que você terá nas mãos". Não tenho dúvida.



Neste momento em que escrevo no blog, leio com voracidade um livro policial da mesma criadora dos personagens de uma das séries mais fantásticas que tive contato, a inglesa "Wire in the Blood" que passava na HBO anos atrás e que permaneceu no ar por seis anos. Nome do livro: "Sombras de um Crime". Autora: Val McDermid. Completamente impossível não ler rapidamente e com um sorriso nos lábios.



E para finalizar comprei o livro da Editora Sextante, "1001 livros para ler antes de morrer" e fiquei impressionada como li pouco dessas obras em que os colaboradores reuniram no livro. É claro que tudo é uma questão subjetiva e de gosto, mas confesso que achei estranho não ter nenhuma obra de Sheakespeare, apenas os primeiros livros de José Saramago, um único livro de Fernando Pessoa, e acreditem, "Veronika decide Morrer", de Paulo Coelho. Mas, o próximo da minha lista interminável de livros é um dos "1001", que era do meu pai e eu resolvi encarar: "A Fogueira das Vaidades", de Tom Wolfe, e não, eu não assisti ao filme de mesmo nome!

Concordando ou não, o mais importante é continuar lendo e vislumbrando outros mundos, outras pessoas, sonhos que só quem gosta de livros sabe que é possível. Fora isso, tudo é realidade.