O músico irlandês Damien Rice lançou a pouco seu novo disco, "Nine", sucessor de "O" que se tornou famoso especialmente pela música incluída na trilha do filme de Mike Nichols, "Closer". Mas não foi a canção original (The Blower´s Daughter), cantada por Rice que ficou famosa aqui no Brasil, e sim suas duas versões horrorosas em português, uma na voz de Ana Carolina e Seu Jorge e outra pior feita por Zélia Duncan e cantada por Simone. Blá...
Mas diferente de "O" que obteve críticas positivas unânimes por todo o mundo, "Nine" desagradou alguns. Ainda não entendi porquê. O disco conta com 10 faixas, e assim como o disco anterior, as músicas vão de um suspiro para um berro em questão de segundos. Passa a sensação de um desespero total e absoluto. A música de trabalho "9 Crimes" é dolorida, especialmente quando a parceira de Damien, Lisa Hannigan canta.
Parece que a intenção do cantor/compositor em realizar um disco mais pesado não se concretizou, como ele mesmo afirmou mais tarde. As guitarras mais pesadas ficam por conta da "Me my yoke and I".
Mas o que me fez pensar para escrever sobre o disco de Rice, é o por que do meu enorme encantamento com suas músicas, e cheguei numa conclusão que até agora me satisfaz. As letras do compositor parecem livres-associações, não são lineares, não há um interesse em soar eloquente. É como se ele tentasse se desfazer de todas as suas censuras e escrever sobre tudo aquilo que lhe vem à cabeça: "Você pode me manter preso, é mais fácil de provocar, mas você não consegue pintar um elefante tão bem como ela", ou "Me leve para fora junto com o lixo, isto não é o que eu faço, é o lugar errado para eu pensar em você".
Além disso tem duas belíssimas canções que não precisam de tradução, precisam apenas de um pouco de sensibilidade: "Elephant" e "Accidental Babies". Nota 9,5, quase 10.
"What's the point of this song? Or even singing?
You've already gone, why am I clinging?
Well I could throw it out, and I could live without
And I could do it all for you
I could be strong
Tell me if you want me to lie
'Cause this has got to die"
Mas diferente de "O" que obteve críticas positivas unânimes por todo o mundo, "Nine" desagradou alguns. Ainda não entendi porquê. O disco conta com 10 faixas, e assim como o disco anterior, as músicas vão de um suspiro para um berro em questão de segundos. Passa a sensação de um desespero total e absoluto. A música de trabalho "9 Crimes" é dolorida, especialmente quando a parceira de Damien, Lisa Hannigan canta.
Parece que a intenção do cantor/compositor em realizar um disco mais pesado não se concretizou, como ele mesmo afirmou mais tarde. As guitarras mais pesadas ficam por conta da "Me my yoke and I".
Mas o que me fez pensar para escrever sobre o disco de Rice, é o por que do meu enorme encantamento com suas músicas, e cheguei numa conclusão que até agora me satisfaz. As letras do compositor parecem livres-associações, não são lineares, não há um interesse em soar eloquente. É como se ele tentasse se desfazer de todas as suas censuras e escrever sobre tudo aquilo que lhe vem à cabeça: "Você pode me manter preso, é mais fácil de provocar, mas você não consegue pintar um elefante tão bem como ela", ou "Me leve para fora junto com o lixo, isto não é o que eu faço, é o lugar errado para eu pensar em você".
Além disso tem duas belíssimas canções que não precisam de tradução, precisam apenas de um pouco de sensibilidade: "Elephant" e "Accidental Babies". Nota 9,5, quase 10.
"What's the point of this song? Or even singing?
You've already gone, why am I clinging?
Well I could throw it out, and I could live without
And I could do it all for you
I could be strong
Tell me if you want me to lie
'Cause this has got to die"
2 comentários:
Por que 9.5 e não 10?
Adoro esse disco.
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