Após a refilmagem de "O Massacre da Serra Elétrica" de 2003 do diretor Marcus Nispel, chega às locadoras "O Massacre da Serra Elétrica, o início". Quem me conhece sabe que eu gosto desse tipo de filme. Gosto do terror e do que ele proporciona nas pessoas que assistem. Segundo Freud em seu artigo de 1942, "Personagens Psicopáticos no Palco", o fator primordial no drama é o desabafo dos afetos do espectador, e o gozo que disso resulta, de um lado, o alívio proporcionado por uma descarga ampla e de outro, a excitação sexual que aparece como subproduto todas as vezes que um afeto é despertado e que confere aos que assistem o tão desejado sentimento de uma tensão crescente que eleva seu nível psíquico.
O espectador vivencia muito pouco, sentindo-se um "pobre coitado" com quem não acontece nada, faz tempo que amorteceu seu orgulho que situava seu "eu" no centro do mundo e vê-se obrigado a deslocá-lo: anseia por sentir, agir e criar tudo a seu bel-prazer, em suma, por ser o herói. E o diretor/autor/ator lhe possibilita isso, permitindo-lhe a identificação com o herói da história. E quando nos posicionamos nesse lugar nos poupamos também, pois sabemos que nossa posição de heróis seria impossível sem dores, sofrimentos e graves tribulações que quase anulariam a excitação. Sabemos que temos apenas uma vida e que podemos perdê-la no primeiro combate com o "mal". Por consequência, nosso gozo têm por premissa a ilusão, ou seja, nosso sofrimento é mitigado pela certeza de que em primeiro lugar é um outro que está ali atuando e sofrendo na nossa televisão, e em segundo, trata-se apenas de um jogo teatral, que não ameaça nossa segurança pessoal com nenhum perigo. Podemos então desabafar em todos os sentidos em cada uma das cenas grandiosas, ou não, da vida representadas por outrem.
É interessante notar por exemplo que "O Massacre..." faz mais sucesso com as mulheres, já que temos uma heroína, no caso da refilmagem, Jessica Biel, assim como no filme de Quentin Tarantino: "Kill Bill", representado por Uma Thurman, ou a Lara Croft de Angelina Jolie...já os homens preferem os heróis de Bruce Willis em "Duro de Matar", ou Stallone em "Rocky".
Isso vale também para tudo que nos cerca de um certo medo. Por exemplo, já se perguntaram por que gostamos tanto de brinquedos "perigosos" nos parques de diversão?
O espectador vivencia muito pouco, sentindo-se um "pobre coitado" com quem não acontece nada, faz tempo que amorteceu seu orgulho que situava seu "eu" no centro do mundo e vê-se obrigado a deslocá-lo: anseia por sentir, agir e criar tudo a seu bel-prazer, em suma, por ser o herói. E o diretor/autor/ator lhe possibilita isso, permitindo-lhe a identificação com o herói da história. E quando nos posicionamos nesse lugar nos poupamos também, pois sabemos que nossa posição de heróis seria impossível sem dores, sofrimentos e graves tribulações que quase anulariam a excitação. Sabemos que temos apenas uma vida e que podemos perdê-la no primeiro combate com o "mal". Por consequência, nosso gozo têm por premissa a ilusão, ou seja, nosso sofrimento é mitigado pela certeza de que em primeiro lugar é um outro que está ali atuando e sofrendo na nossa televisão, e em segundo, trata-se apenas de um jogo teatral, que não ameaça nossa segurança pessoal com nenhum perigo. Podemos então desabafar em todos os sentidos em cada uma das cenas grandiosas, ou não, da vida representadas por outrem.
É interessante notar por exemplo que "O Massacre..." faz mais sucesso com as mulheres, já que temos uma heroína, no caso da refilmagem, Jessica Biel, assim como no filme de Quentin Tarantino: "Kill Bill", representado por Uma Thurman, ou a Lara Croft de Angelina Jolie...já os homens preferem os heróis de Bruce Willis em "Duro de Matar", ou Stallone em "Rocky".
Isso vale também para tudo que nos cerca de um certo medo. Por exemplo, já se perguntaram por que gostamos tanto de brinquedos "perigosos" nos parques de diversão?
2 comentários:
caramba/ v. dá aula particular desse bagulho? kkkk
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