quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Eles, novamente


Já há alguns dias atrás eu fui ao cinema conferir "Arquivo X: Eu Quero Acreditar", segundo longa para a série de mesmo nome.
Não postei antes por falta de tempo e não por não ter gostado do filme, além de achar que Arquivo X merece sempre uma atenção especial, já que a série foi o maior fenômeno televisivo dos anos 90 e fez todo o mundo acompanhar a saga dos agentes do FBI, Fox Mulder e Dana Scully (fenômeno parecido com "Lost" nos dias atuais) atrás de eventos não explicáveis, criaturinhas verdes e todo o tipo de bizarrices.

Quase 10 anos depois do fim da nona e última temporada, eles estão de volta, e eles são o melhor do filme. A química entre David Duchovny e Gillian Anderson é visível e gostosa de acompanhar, eles se entendem e quem acompanhou toda a história sempre quis acreditar como Mulder, mas sempre teve o pé atrás como a Scully (acredito eu).
De fato, querer acreditar é uma coisa, acreditar são outros quinhentos.

De um lado a crença e a fé, do outro, a ciência. Alguns são mais inclinados a acreditar que muita coisa nós ignoramos, que muita coisa pode ser conspiração e que sim, possa existir diversas possibilidades para um mesmo fato, dependendo de quem conta e outros preferem acreditar naquilo que pode ser comprovado, eu fico na última categoria e talvez por isso, goste mais do personagem de Anderson do que do Duchovny.
Outro fato é que as relações humanas podem superar essa diferença entre fé x ciência e conviverem (no caso dos dois, eles mais do que parceiros, agora são amantes), mas a ciência não precisa e é atrapalhada pela fé, logo elas não convivem muito bem.
Internamente, acredito que a diferença entre os dois personagens é colocada de maneira bastante proposital para tentarmos tolerar o que não é nosso, é do outro e convivência é exatamente isso. Mas, mais do que tolerar elas podem se complementar.
Mulder em determinado momento do filme diz que só chegou vivo para contar outra história porque sempre teve como razão e equilíbrio a parceira, e ela, não diferente, só conseguiu acreditar (nela mesma) por causa dele.

Algumas (muitas) coisas da série fora perdidas neste filme que era bem característico, como a tensão sexual entre os dois e as tramas sobrenaturais. O suspense não é muito aterrorizante, mas a edição é incrível e as cenas de ação são primorosas, além dos diálogos dos dois atores.

Vale o ingresso, porque voltar a ver Scully e Mulder juntos, convenhamos (para os fãs da série), não tem preço.

5 comentários:

Helena disse...

Acho que de modo geral Twin Peaks inspirou Arquivo X e Arquivo X inspirou Lost.
Mas Arquivo X era uma grande série sem dar as respostas prontinhas para as pessoas o que é muito bacana!

Anônimo disse...

Acho o mulder um chato, não sei se é porque eu tenho opiniões muito parecidas com os da scully. Mas acho que o filme ficou devendo um pouco assim como a nona temporada.

Fernando Bassat disse...

Então diva, você sabe que eu sou fã de carteirinha da série e fui ontem ao cinema, atrasadíssimo para conferir a nova aventura da dupla.
Não fiquei decepcionado não, porque muita gente disse que não era bom. Concordo com você, fica meio distante da série, mas achei que os diálogos são muito inteligentes e perspicazes. Amo a Gillian Anderson, acho ela linda, maravilhosa até velhinha, porque ela envelheceu bem.
Nota 7.

Valentina disse...

Acredita que eu nunca assisti?

Dani Baroni disse...

É amiga... O amor me pegou...rs. Estou com saudades dos papos nossos. Beijos! Dani