Nunca tinha ouvido falar nos autores Roslund e Hellstrom, e me deparei com uma crítica pequena sobre o livro deles, "A Besta" numa dessas andanças pela internet. Fui até a livraria e comprei empolgada. Pela sinopse me parecia uma história perturbadora e chocante, algo que me lembraria o realmente perturbador e chocante "Precisamos falar sobre o Kevin", da escritora Leonel Shriver. Não sei se porque criei uma expectativa grande ou se porque o tema do livro me desperta atenção, me decepcionei com a dupla sueca.
Sinopse: Duas crianças são encontradas mortas dentro de um porão, e quatro meses depois de ser preso, o assassino escapa da prisão. A polícia sabe que se eles não o encontrarem rapidamente, ele matará de novo. Até que chega o dia que ocorre o que eles mais temiam, uma outra criança é assassinada em uma cidade vizinha a Strengnas e a situção sai do controle. Em um clima de histeria, criado pelos meios de comunicação, o pai da criança assassinada, Fredrik Steffansson, decide fazer vingança com as próprias mãos, e suas ações podem ter consequências devastadoras.
O livro foi elogiado pelo The Observer, que escreveu que "A Besta" é uma leitura obrigatória e pelo The Guardian que o achou assustador. Não acho nem uma coisa nem outra.
Sobre necessidade de justiça, vítimas, heróis e cúmplices, outros falaram mais e melhor.
A Justiça é morosa, muitas vezes incapaz e limitada. Mas não é por isso que temos que mostrar que somos nós os super heróis que podemos salvar toda uma sociedade com todos os seus problemas, horror e deficiência. Somos nós os que podem sentar, estudar, ler, debater sobre o assunto para, quem sabe, melhorar essas faltas que tantas vezes nos quebram as pernas e nos mutilam pêla falta de alguém que nos é retirado de maneira vulgar, pretensiosa, violenta e conturbada.
"A Besta" é um livro que entretém, que informa, que prende, mas que não dá nenhuma resposta ou nenhuma pergunta para se refletir a mudança (se é que existe essa pergunta ou uma mudança).
5 comentários:
Ih, tava na listinha de livros pra comprar, agora ele vai para o final da lista. (rs)
Beijo.
(Quando vai ser nosso próximo café?)
Gostei do seu blog só que não concordo com o que vc escreveu sobre o livro. Se crianças mortas, estupradas, feridas não te choca, o que realmente precisa acontecer pra te chocar?
Eu queria também que v explicasse o que o sérgio perguntou.
Beijo linda
acho que você não entendeu nada do que ela escreveu sérgio...
Não li o livro..mas entendi a colocação da Mara sobre a banalidade do mal e nossa impotencia diante do mesmo! Sei lá..para alguns assuntos as palavras perdem o sentido!
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