quinta-feira, 20 de maio de 2010

O mundo ao contrário

Ainda conseguem arrasar o meu coração já todo quebrado.
Culpa das tais esperança e persistência da gente que quer acreditar que nosso coração já não vai ser mais machucado, que nosso corpo vai se recuperar, que a nossa razão é maior que qualquer machucado. Mas veja bem: quantos loucos existem por aí?
Sejamos honestos: A maioria das feridas não cicatrizam porque elas são sempre abertas por outras pessoas. Sejamos honestos novamente: As pessoas são cruéis.

"Holocaustos não me assombram. Estupros e trabalho escravo infantil não me assombram. Fico assombrada quando deixo cair uma luva na rua e um adolescente corre dois quarteirões para devolvê-la. Fico assombrada quando a moça do caixa me lança um amplo sorriso, junto com o troco, quando a minha fisionomia era apenas uma máscara apressada. Carteiras perdidas enviadas aos respectivos donos pelo correio, estranhos que fornecem indicações precisas de uma rua, vizinhos que regam as plantas uns dos outros - essas coisas me assombram". Lionel Shriver.

Um comentário:

Nina disse...

é nessa linha mesmo, as gentilezas também me assombram e me assombra o fato das pessoas machucarem alguém como você que essencialmente é gentil e assombrosa. beijo inteiro.