sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Minhas Mães e Meu Pai - Parte II


Eu chorei, chorei. Muito.

O filme, independentemente de colocar uma temática homossexual, é universal, serve também para os casais heterossexuais. Serva pra todo mundo. Serve para identificar - como diz a personagem de Julianne Moore - nossas projeções, nossos lixos internos. E de como é complicado manter um casamento por tantos anos. A gente já se acostumou a jogar a culpa no outro - e as vezes é - mas a gente tem que se acostumar a perceber quais as nossas falhas, e isso é imensamente difícil e pior: reconhecê-los para o outro, não considerá-los fraquezas.

Imensamente linda a cena em que elas conversam sobre a traição, imensamente comovente o pedido de perdão, imensamente belo quando Annette Benning canta na mesa uma canção de Joni Mitchell, imensamente esperançoso por não ter um final fácil, romântico e mentiroso dos filmes americanos. Imensamente humano.

Não acredito que Annette Benning faça um papel melhor que Julianne Moore. Acho que as duas conduzem o filme inacreditavelmente bem.

Daqueles filmes que ficam no coração. Daqueles difíceis de achar hoje em dia.

3 comentários:

Karina disse...

Eu quero ver!
E a tua forma de descrever o quanto gostou do filme,me deixou com os olhos cheios de lágrimas...
Beijo

Helena disse...

Ah, falei que você ia gostar! Também chorei loucamente e quando eu assisti achei que você parecia muito com a personagem da Julianne Moore, menos o fato de que você bebe como a personagem da Annette Benning. (risos)
Mas foi como você escreveu. Humano.
Beijo e tente aparecer.

Anônimo disse...

O filme conseguiu chegar próximo ao convívio de uma relação, que mesmo parecendo perfeita, tem lá seus momentos de angústias e fraquezas. Sabedoria para identificar e vencer esses momentos, são para poucos.