O Museu da Língua Portuguesa está comemorando um ano de funcionamento em São Paulo e nada melhor que uma exposição da escritora ucraniana/brasileira Clarice Lispector.
Fui conferir correndo - ainda mais sabendo - que tinha gente muito, muito bacana por trás desse projeto, como Julia Peregrino, Ferreira Gullar e Daniela Thomas.
Trinta anos após sua morte Clarice é tratata como a maior diva da literatura brasileira. Evasiva, confusa, contraditória, difícil; ela é tudo isso e mais que isso, é necessária. Num mundo onde o indivíduo se perdeu dele mesmo, a escritora é um convite para um mergulho na própria alma, e o que é nossa alma senão todos os adjetivos impostos à Clarice? Mas já digo que entrar no universo particular da escritora não é nada fácil, a gente se perde, se acha, se perde e se acha no nosso próprio mundo subjetivo. Ler e amar a obra de Clarice é amar o que há de mais puro, frio, ingênuo, cruel e triste de nossa condição humana, ler Clarice com afinco é mais informativo e ilustrativo que cursar todo um curso de Psicologia, ler Clarice é como enfrentar a própria vida árdua de cara, as mazelas humanas; um mundo caótico, denso, sofisticado. O mundo real.
Realmente, Clarice Lispector não é para todo mundo (e isso não é ser elitista), é só para quem quer enfrentar o medo do escuro que há dentro de todos nós.
"Somente na fotografia, ao revelar-se o negativo, revelava-se algo que, inalcançado por mim, era alcançado pelo instantâneo: ao revelar-se o negativo também se revelava a minha presença de ectoplasma".
Fui conferir correndo - ainda mais sabendo - que tinha gente muito, muito bacana por trás desse projeto, como Julia Peregrino, Ferreira Gullar e Daniela Thomas.
Trinta anos após sua morte Clarice é tratata como a maior diva da literatura brasileira. Evasiva, confusa, contraditória, difícil; ela é tudo isso e mais que isso, é necessária. Num mundo onde o indivíduo se perdeu dele mesmo, a escritora é um convite para um mergulho na própria alma, e o que é nossa alma senão todos os adjetivos impostos à Clarice? Mas já digo que entrar no universo particular da escritora não é nada fácil, a gente se perde, se acha, se perde e se acha no nosso próprio mundo subjetivo. Ler e amar a obra de Clarice é amar o que há de mais puro, frio, ingênuo, cruel e triste de nossa condição humana, ler Clarice com afinco é mais informativo e ilustrativo que cursar todo um curso de Psicologia, ler Clarice é como enfrentar a própria vida árdua de cara, as mazelas humanas; um mundo caótico, denso, sofisticado. O mundo real.
Realmente, Clarice Lispector não é para todo mundo (e isso não é ser elitista), é só para quem quer enfrentar o medo do escuro que há dentro de todos nós.
"Somente na fotografia, ao revelar-se o negativo, revelava-se algo que, inalcançado por mim, era alcançado pelo instantâneo: ao revelar-se o negativo também se revelava a minha presença de ectoplasma".
Um comentário:
Clarice Lispector é poesia em prosa, e a exposição é interessantíssima assim como a escritora.
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