Natal e Ano Novo são questões de fé.
Não necessariamente uma fé religiosa, mais uma fé que cada indivíduo tem de que, talvez, ano que vem, tudo possa ser diferente. Não importa que seja apenas a mudança de um dia para o outro, porque é Natal, porque é Ano Novo. E se essas datas conseguem transformar uma fagulha interna do indíviduo, então celebremos a esperança de mais um dia, de mais um mês, de mais um ano.
Celebramos a esperança de que, ano que vem, possamos encontrar alguém especial, um trabalho melhor, que renda mais e que sobre para viajarmos, que possamos ir mais ao cinema acompanhados das melhores pessoas da nossa vida, que encontremos as melhores pessoas para a nossa vida, àquelas em que podemos confiar, chorar, gargalhar. E com elas compartilhar nossos livros, nossas músicas, nossos sonhos.
Porque "esperança" é mais que uma palavra.
"Mas se através de tudo corre a esperança, então a coisa é atingida. No entanto a esperança não é para amanhã. A esperança é este instante. Precisa-se dar outro nome a certo tipo de esperança porque esta palavra significa sobretudo espera. E a esperança é já. Deve haver uma palavra que signifique o que quero dizer". Clarice Lispector in A Descoberta do Mundo.
7 comentários:
Até fins do século XVIII, a Humanidade inteira jamais havia atingido índice superior a 2% de alfabetização. Por isso mesmo, ler era muito mais recitar que ler. A influência da escrita foi, desde o início, pujante, mas o homem que lia, até o fim do século XVIII, era, cm geral, um homem que lia em voz alta, para que a projeção da influência da palavra escrita pudesse ser não apenas para ele. Conta-se (a anedota existe) que os primeiros indivíduos que começaram a ler em voz baixa foram da época de São Tomás. Até então, a leitura, mesmo a sós, era em voz alta, tamanho fora o hábito de compreender que aquela missão era cumprida para ser benéfica, não apenas ao leitor, mas a um conjunto de indivíduos. (Houaiss)
espero que tudo seja melhor para você, pra mim, pra nós e para os sonhos que sonharmos.
Ma, este texto da Clarice , que li completo achando que era seu (e só percebi noS créditos, que não era!! Significando que seus textos são bons pra c...rs), falando sobre está questão de depositar no futuro nossas esperanças fez -me lembrar este outro de um amigo, que faz um convite para se viver o aqui e agora...
"Não somente a sociedade baseada no consumo, como boa parte da religião institucionalizada parece entronizar esse tempo-seta vertiginoso que faz a fila andar, ou pior, que faz vivermos já assim perfilados. Em certo momento de seu texto sobre o Evangelho de Tomás, em Onde Encontrar a Sabedoria?, publicado pela Objetiva, o crítico literário Harold Bloom, indaga: “Aonde nos dirigimos com tanta pressa?” A resposta ilustrada pelo crítico acena para o fato de que o Jesus desse Evangelho, tido como ‘herético’, “não veio tirar os pecados do mundo, tampouco perdoar toda a humanidade”, pois, “como uma espécie de transeunte, ele insta aqueles que o buscam a aprender a ser transeuntes [também], a parar de correr em direção à morte temporal inerente ao azáfama e ao empreendimento, a que o mundo erroneamente chama de vida.” E arremata: “Não há pressa nesse Jesus, não há intensidade apocalíptica. Ele não ensina o fim dos tempos, mas a transferência do tempo, ao aqui e agora.”"
# ( Roberto Joaldo de Carvalho
Mar 2007, publicado no blog Focando.)
P.S.:texto e cópia feitos sem correção!rs.
Gean, o texto é meu, a citação de Clarice está em itálico e aspas!!
Beijão.
É Má, feliz solstício de inverno pra você também! O melhor de tudo é que nessa noite beberemos juntos!
Tudo vai mal, tudo está deserto como 2 e 2 são 5, mas 'as questões sem necessidade de nome' conseguem ser mais fortes do que o desânimo que muitas vezes toma conta da gente.
Que venha mais um ano e que você continue a escrever tão delicadamente.
Beijos.
Mara, vc tem razão!Pelo visto estive tropeçando nas paçlavras...rs.
Na minha tela o negrito (devido a letra pequena ) não aparece tão nítido, mas as aspas aparecem!
Beijim Ma.
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