domingo, 14 de setembro de 2008

PS: Eu te amo


Com um atraso incrível conferi em DVD, PS: Eu te amo, com Hilary Swank e Gerald Butler e participações de Lisa Kudrow, Kathy Bates e a fofíssima Gina Gershon.
O filme é bem bonitinho, te faz sorrir algumas vezes e te faz chorar dezenas de outras vezes.
Mas depois do filme eu fiquei pensando na observação do título e das cartas que o marido morto deixou para a mulher. Sempre achei que o amor é um daqueles sentimentos soberanos em que não se ousa explicar, não se pretende medir, não se consegue racionalizar e interpretar (não digo com isso que não se possa demonstrar, e isso, quando há amor, deve ser feito a todo o momento).
Mas é que o "Eu te amo" está tão em moda, que é usado corriqueiramente. Gente que nunca amou já disse o tal do eu te amo.
O fato é: Por que apesar de demonstrações explícitas de amor, a gente ainda quer ver escrito em bilhetinhos, recadinhos, cartas e outros registros que podemos acessar?
Tem uma teoria por aí que diz que o Homem é um animal quase que puramente instintivo e que o amor assim como o ódio, por exemplo, são noções criadas de uma sociedade com necessidade de nomear as coisas que não tem nome.
Outra teoria diz que o Homem é um ser carente, já que desde muito cedo é sempre privado de mil coisas que gostaria de fazer e censurado quando faz ou demonstra algo que não é necessariamente bem visto pela tal da sociedade.

Eu poderia dizer que tem mais umas 500 teorias sobre o amor e provavelmente algumas delas fazem sentido. Mas a minha teoria, aquela em que eu acredito é que revisitando dedicatórias e bilhetes apaixonados, a gente revisita o melhor da gente, o sentimento mais gostoso e o mais dilacerante e o mais...
O fato é que em termos de amor nenhuma teoria explica, só as pessoas que sentem é que sabem o poder que ele tem, e são abençoados (com bilhetes ou não).

4 comentários:

Valentina disse...

Ma,
acho que nós perdemos o nosso tempo fazendo psicologia e sociologia (você perdeu ainda mais tempo porque ainda fez filosofia e aquele treco de ciências da religião e estudou Freudinho até não poder mais) porque tem coisas que não dá pra explicar, e se eu me encaixar numa dessas teorias eu me encaixo na de carente profissional como Cazuza já cantou. Mas não somos todos assim?
Beijos.

Anônimo disse...

Engraçado, quando eu assisti o filme no cinema não pensei nisso, pensei mais na dor da perda, desse treco de não conseguir lidar com a morte, essas coisas que a maioria das pessoas pensa. Mas você não é normal e pensou por outro ângulo.
Eu nunca fui de escrever recados porque eu achava e talvez ainda ache que o amor demonstrado cotidianamente é o melhor que podemos fazer, mas agora você me deu umas idéias. kk
Beijos diva. Você sabe que você é uma diva né? Tipo Bette Davis, mas é.

Nina disse...

seus fãs estão com o mesmo vício de linguagem: 'treco'? ok...

Mara Toledo disse...

Seguinte galera: se as pessoas presentes não souberem se comportar e continuarem a lavar roupa suja nesse blog, eu não vou permitir mais comentários.

Ok???
Nina, isso vale muito pra vc.