Enquanto as pessoas se expremem nos blocos de carnaval por todo o país, eu fico por aqui, em casa, tomando um pouco de vodka, lendo o emocionante relato de Carlos Heitor Cony, em "Quase Memória", e como ele fala de seu relacionmento com seu pai, inevitável que eu pense no meu. Por isso, de vez enquando eu páro a leitura e lembro dos momentos que passamos tão juntos. Nos intervalos ouço Marcelo Jeneci, Marisa Monte, Maria Bethânia, Damien Rice e essas pessoas que me dizem direto no coração. Comprinha de supermercado para comer bem, deitar sem hora pra dormir, embora não consiga acordar tarde, lembrando e reinventando estórias tão minhas, tão próprias. Mais tarde quem sabe um filminho com edredon?
Longe do barulho, da multidão, das músicas repetidamente chatas das escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro, das músicas repetidamente horrorosas de Salvador, me sinto, na maioria do tempo, em paz.
E é claro que sou excessão. Mas na maioria das vezes eu sempre sou. Sem nenhuma novidade. No alarms, no surprises...
2 comentários:
Vc é única e linda. Bom resto de carnaval.
Claro que você é excessão e por isso é tão especial.
Beijão!!
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