quarta-feira, 29 de junho de 2011

Inverno da Alma


Ok! Todos os críticos falaram muitíssimo bem, ganhou festivais importantes, foi indicado para tantos outros, mas não consegui gostar de "Inverno da Alma" (Winter´s Bone). Com excessão da atriz Jennifer Lawrence, que realmente está um escândalo, o resto me deu um certo tédio.

Então peço que para quem gostou do filme, me explique o porquê!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Equilíbrio

Minhas idéias me levam para labirintos inimaginados. Tropeço diariamente na escuridão que sempre está lá. E esse mundinho é tão fechado e claustrofóbico que não consigo descrever suas proporções nem a sua magnitude. Não é um mundo sonhado, nem romântico, muito menos desejado. Ele acontece. Ele é um dos meus mundos. Fico me equilibrando para não cair de vez nessa esfera que muitas vezes me dá medo, me agonia, me deixa inquieta. Eu estou entre os mundos, as linhas, a divisória. Todo mundo sabe e não, ninguém sabe como esse mundo particular é. E eu, bem, eu não consigo explicar. Faz 30 anos que eu tento e o máximo que consigo é fechar o olho, sorrir um sorriso amarelo e continuar.
Por isso, dentro de mim, com todas as forças, eu sempre admirei os equilibristas...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Desespero barato

Que é que acontece com as pessoas? Vontade de gritar: Puta que o pariu. Enquanto isso vou tomando os remedinhos para dor de cabeça, para dor nas costas, para ansiedade, para dor na alma. Dores do mundo que não são minhas. Não são, nem quero que sejam, e no final, são tão minhas que eu as abraço e depois me torturo, me dilacero, me entristeço, me enlouqueço. Sim, não é o mundo que me enlouquece, sou eu, com as minhas vertigens baratas, meu conteúdo vagabundo, minhas cretinices sem fim. E tudo isso é desespero? É desesperador ser tão desesperado. Nessas horas a vontade é de encher a cara na padaria mais nojenta da cidade com cachaça das mais baratas e brindar o que não vem e nunca virá. Saúde!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Blue Valentine - Namorados para Sempre


Uma história de amor. Uma história de quase amor. Uma história da perda do amor. Tantas histórias em uma (ou em várias que encontramos cotidianamente), tantos desesperos, tanta desesperança, muitos conflitos e algumas loucuras.

O medo de continuar vivendo e de continuar sofrendo em um relacionamento que já se tornou um abismo, o medo de se separar desse abismo, da rotina, da angústia já tão familar, tão nossa.
"Blue Valentine" é uma pequena pérola do cinema por ser tão cruel, cru, vívido com o espectador. Identificamos nossa própria finitude, não só amorosa, mas a finitude dos nossos sonhos, do nosso corpo, dos nossos prazeres, da vida enfim.

Por que é tão complicado manter um relacionamento? Acredito que muitas vezes cansamos de nos torturar, de nos machucar e por isso começamos a ferir o outro. E o outro também cansado das próprias feridas, não suporta a dor compartilhada. Está fatigado.

Mas o filme não é só desesperança, ele nos mostra que apesar das dores que nos acompanham, é melhor ter vivido um grande amor do que não ter vivido nenhum. Faz parte da nossa condição.
A minha pergunta é: a condição humana é bonita ou é simplesmente triste?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cabeça esquizo

Dentro de mim há esse espaço infinito que me tortura dia sim e outro também. "E se eu me ferisse?", "E se eu me cortasse?", "E se eu pulasse da janela?", "E se algo acontecesse, alguém sentiria minha falta por mais de 5 minutos?".
Ela me diz que nada do que ela me dá é suficiente. Será que ela tem razão? Será que eu realmente sou um pé no saco?
Papai disse que eu era uma boa pessoa. Papai morreu do coração. Ele não me sabia, não me conhecia. Será que morreu de desgosto?
Enterro meus pensamentos. Tenho que trabalhar, ser funcional, ser útil, ganhar dinheiro, ser educada com os outros, fingir fortaleza. Ok. Vambora para o mundo de mentirinha.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Diariamente, o bizarro

Acabo de ler na "Folha de São Paulo" que a Igreja Internacional da Graça firmou parceria com Itaú, Banco do Brasil e Bradesco para que os fiéis paguem seu dízimo por débito automático. Parece que eu vejo de tudo nesse mundo e não morro.

O mais interessante é que se o fiél não tiver dinheiro em determinado mês, a igreja (assim mesmo com i minúsculo) não o colocará na lista do SPC e do SERASA. Como eles são bacanas!!!
Nesses momentos eu agradeço a criação que tive, a educação e a cultura que me foram passadas e o incentivo a questionar qualquer coisa ao meu redor, porque a bizarrice não é mais excessão, é regra.

Ô mundo negro esse...