Os psicólogos devem procurar, por uma obrigação interna e intensa militância aplicar o saber psicológico, psicanálitico ou psiquiátrico à melhora da sociedade em que vivemos. Isso, que deveria ser o empenho consciente e convicto de quem lida com as ciências humanas ou sociais é, infelizmente raro entre nós.
O que há de positivo na Psicologia nasce, não da omissão quanto à violência, mas do questionamento de toda pureza, de toda inocência, inclusive da nossa (alguém ainda duvida disso?).
Pergunta: Cadê a tomada pública de posição dos profissionais de saúde que dificilmente convertem sua teoria em ação?
Agir, para o pensador é divulgar seu conhecimento, é pô-lo a prova na sociedade, é checá-lo em seus efeitos, até, para quem sabe, modificar sua teoria.
Nosso dever é nomear a dor, essa dor que é a demanda de qualquer ciência humana, o enorme mal-estar no mundo. Ou não é certo que quase tudo o que se estuda sobre o homem tem a ver com algum nível de dor, chamem-se elas ciências humanas ou sociais? É reduzir com o ambicioso propósito de pôr-lhe fim, sem aceitar soluções que sejam placebos porcamente construídos.
Ao meu ver, uma psicologia ética exige que o analista saia do consultório, onde ele se instalou de maneira tão preguiçosa e procure ver nas formas de organização social, como as idéias e os afetos se embaralham de modo a saber como se preserva e mesmo amplia-se a injustiça.
Todos nós temos experiência disso, e presenciamos esses momentos de dor no confronto social, desde cenas de explícita crueldade e arrogância até instâncias de sofrimento compartilhado, em que sofre o opressor e sofre o oprimido, até porque são as relações, e não uma eventual maldade pessoal, que se mostram iníquas e geradoras de sofrimento.
Vamos realmente trabalhar e não apenas, fingir que trabalhamos.
O que há de positivo na Psicologia nasce, não da omissão quanto à violência, mas do questionamento de toda pureza, de toda inocência, inclusive da nossa (alguém ainda duvida disso?).
Pergunta: Cadê a tomada pública de posição dos profissionais de saúde que dificilmente convertem sua teoria em ação?
Agir, para o pensador é divulgar seu conhecimento, é pô-lo a prova na sociedade, é checá-lo em seus efeitos, até, para quem sabe, modificar sua teoria.
Nosso dever é nomear a dor, essa dor que é a demanda de qualquer ciência humana, o enorme mal-estar no mundo. Ou não é certo que quase tudo o que se estuda sobre o homem tem a ver com algum nível de dor, chamem-se elas ciências humanas ou sociais? É reduzir com o ambicioso propósito de pôr-lhe fim, sem aceitar soluções que sejam placebos porcamente construídos.
Ao meu ver, uma psicologia ética exige que o analista saia do consultório, onde ele se instalou de maneira tão preguiçosa e procure ver nas formas de organização social, como as idéias e os afetos se embaralham de modo a saber como se preserva e mesmo amplia-se a injustiça.
Todos nós temos experiência disso, e presenciamos esses momentos de dor no confronto social, desde cenas de explícita crueldade e arrogância até instâncias de sofrimento compartilhado, em que sofre o opressor e sofre o oprimido, até porque são as relações, e não uma eventual maldade pessoal, que se mostram iníquas e geradoras de sofrimento.
Vamos realmente trabalhar e não apenas, fingir que trabalhamos.
3 comentários:
Acho que não é só a classe dos psicólogos que está acomodada, todos nós de todas as classes infelizmente.
Talvez só a classe dirigente em qualquer época não se dá ao luxo da alienação! Quer gente mais alienada que a classe média? Se mobiliza apenas quando é tragada por uma tragédia pessoal! Agora , deve ser bem curioso(pra não dizer impossível) o exercício da profissão de psicólogo e similares em uma ditadura!!Rs.
Eu não sei dos outros profissionais. Sei de você e tenho muito orgulho. Beijos inteiros.
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