domingo, 15 de novembro de 2009

Cansada dos pseudo-geniais


Não entendo e acho que não conseguirei entender nunca quem diz que Carlos Drummond de Andrade é um grande poeta. Acho um chato. E dei chances à ele, retornei a ler sua "Antologia Poética", um livro que reune quase 200 poesias do poeta mineiro. Se desses 200 poemas, 10 me tocaram, foi muito.
Me pergunto se as pessoas acham o cara bom mesmo ou se porque ouvem as outras dizerem que ele é bom, complementam sem saber quase nada do que ele escreveu. Fico inclinada a achar que é a segunda opção.

Ganhei um livro publicado pelo SESC sobre os melhores filmes de 2008. Um dos filmes nacionais mencionados era "Via Láctea". Acabei alugando, porque sempre parava diante dele mas por algum motivo não locava. Devia ter mantido na estante da locadora. Do filme, sem nexo, sem sentimento, sem roteiro, sem pé nem cabeça, só sobra a beleza e o talento de Alice Braga. Se for assim, confiram a bonitinha em outros filmes muito mais interessantes.
O mesmo deve acontecer com o filme dirigido por Selton Mello, "Feliz Natal": que fique nas prateleiras e não dentro dos aparelhos de DVD.

7 comentários:

Anônimo disse...

Drummond um chato? Vc deve ser louca

Gean disse...

A genialidade é, às vezes, cansativa!
quando li lembrei logo do Ulisses - James Joyce, aquilo lá é ferro ! rs

Acho Drummond emocionante mas minha leitura é um poema aqui outro ali..poemas dispersos pelo mundo e encontrados casualmente!rs

Beijo Maríssima.

Daniel Saes disse...

Faltou incluir o Caetano Veloso, Chico Buarque, Arnaldo Jabor e o Paulo Coelho la la la la la

Mara Toledo disse...

Sr. Anônimo,

devo ser maluca mesmo, porque além dele, não gosto de Fernanda Montenegro, acho Proust um chato, Guimarães Rosa insuportável, Cem anos de Solidão um dos livros mais chatos que eu já li entre outras unanimidades.

Gean,

nem nunca tentei ler Ulisses, não tenho a mínima vontade de perder meu tempo.

Daniel,

Não sou eu que leio Paulo Coelho, nem coloco vídeo do Arnaldo Jabor nos meus preferidos do orkut. Caetano Veloso é chato e pretensioso assim como eu, talvez eu me identifique, e Chico é para poucos mesmo. rs

Beijos pra todos.

Unknown disse...

Mara, penso que existe livros impenetráveis e tbm livros que não foi feito para nós!
Abro um livro e leio as primeiras páginas ,se não despertar meu interesse...adeus!
Se fosse vc daria uma nova chance para o Guimarães!Dilíicia esse cara! rs
Já o Paulo Coelho , tentei ler um livro dele uma vez..pra nunca mais!

Unknown disse...

Mara, penso que existe livros impenetráveis e tbm livros que não foi feito para nós!
Abro um livro e leio as primeiras páginas ,se não despertar meu interesse...adeus!
Se fosse vc daria uma nova chance para o Guimarães!Dilíicia esse cara! rs
Já o Paulo Coelho , tentei ler um livro dele uma vez..pra nunca mais!

lisa disse...

Carlos D. não é um dos maiores poetas mas é um dos raros que consegue transmitir sentimentos invulgares. Amor explicado na solidão que não é clichê e sim verdadeira, amor que não arde e nem passa por Camões, mas é o amor simplorio de uma história de traição e perdão, logo também realista.

Necrológio dos desiludidos do amor



Os desiludidos do amor
estão desfechando tiros no peito.
Do meu quarto ouço a fuzilaria.
As amadas torcem-se de gozo.
Oh quanta matéria para os jornais.

Desiludidos mas fotografados,
escreveram cartas explicativas,
tomaram todas as providências
para o remorso das amadas.
Pum pum pum adeus, enjoada.
Eu vou, tu ficas, mas os veremos
seja no claro céu ou no turvo inferno.

Os médicos estão fazendo a autópsia
dos desiludidos que se mataram.
Que grandes corações eles possuíam.
Vísceras imensas, tripas sentimentais
e um estômago cheio de poesia...

Agora vamos para o cemitério
levar os corpos dos desiludidos
encaixotados completamente
(paixões de primeira e de segunda classe).

Os desiludidos seguem iludidos,
sem coração, sem tripas, sem amor.
Única fortuna, os seus dentes de ouro
não servirão de lastro financeiro
e cobertos de terra perderão o brilho
enquanto as amadas dançarão um samba
bravo, violento, sobre a tumba deles.