terça-feira, 30 de novembro de 2010

A vida que segue

A escritora Martha Medeiros sempre pareceu pra mim como uma escrita fácil e simples e na maioria das vezes tinha um pouco de vergonha de adimitir que gostava do que ela escrevia. Mas admito sem nenhum problema agora, gosto dela e do que escreve. Nada muito profundo, algumas coisas meio óbvias, mas Martha fala do cotidiano e quer algo mais óbvio que isso? Basicamente não há surpresas porque a vida não têm muitas delas. E em seu novo livro, "Fora de Mim", a escritora discorre sobre um tema bastante familiar para todos: o rompimento amoroso. Quase impossível não se identificar, não interagir com estes sentimentos e dores tão universais.
Livro honesto, e escrita que flui porque é sincera. E algumas perguntas que todos nós fazemos quando um grande amor sai de nossas vidas.

"Não me imaginava colocando alguém em seu lugar, formando um par comigo. Antes disso, eu precisava entender como é que se diz para um homem 'eu te amo' com tanta transparência, com tanta integridade, e depois se transfere essa frase para outro destinatário, com a justificativa de que isso é apenas o curso natural dos acontecimentos". pg. 89

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Com a sua cara!


Para quem gosta de camisetas temáticas, assim como eu, visite os links abaixo e escolha a sua!!!




quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O amor é tão longe e a dor é tão perto


Só descobri recentemente quem foi Gilberto Salce Júnior, ou melhor, a transsexual Gilberta. Brasileira, foi assassinada na cidade do Porto em 2006. Antes de morrer permaneceu em cárcere por dois dias sofrendo abusos verbais e físicos e foi lançada num poço para morrer afogada. Detalhe: seus carrascos eram crianças/adolescentes de 12 à 16 anos.

Os defensores dos menores entre tantos argumentos, citaram pérolas de que Gilberta era soropositiva e toxicodependente (por isso merecia morrer tão arbitrariamente?), e que não foram os meninos que a mataram, foi a água. Independente de quão patéticos podem ser defesas baseadas no que é indefensável, o principal é questionar as nossas atitudes diariamente. Vamos nas passeatas gays, mas não militamos por porcaria nenhuma. A maioria quer se divertir e, por que não, zombar dos travestis "engraçados".

Caetano já escreveu: "Há alguma coisa fora da ordem". Muito fora da ordem. Quando crianças entendem por divertimento a devastação completa de um ser-humano, e isso acontece diariamente: índios queimados, empregadas surradas, transsexuais violentados e assassinados, a gente pode começar a perder a esperança.

E só descobri quem foi Gilberta através da canção gravada por Maria Bethânia, "Balada de Gisberta" em seu disco, "Amor Festa Devoção". Bethânia assume o papel de Gilberta e canta por todos os discriminados, pelas minorias, pelos marginalizados. Essas pessoas que um dia dançaram em palácios e se deitaram em mil camas e logo depois foram descartados.

Sim, o amor é tão longe e a dor é tão perto.

"Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.

Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar,
Quando se volta pro nada.

Eu não sei se um anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.

Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço meu grito na treva.
E o fim vem me buscar.

Sambei na avenida,
No escuro fui porta-estandarte,
Apagaram-se as luzes,
É o futuro que parte.

Escrevi o desejo,
Corações que já esqueci,
Com sedas matei,
Com ferros morri.

Trouxe pouco,
Levo menos,
E a distância até o fundo é tão pequena,
No fundo, é tão pequena,
A queda.
E o amor é tão longe.
O amor é tão longe.
E a dor é tão perto". (Pedro Abrunhosa)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Top 15 da Semana + Foto da Semana

Jennifer Connelly com camiseta dos Stones.

E o que não sai aqui da vitrolinha:

1 - Cat Power, "The Greatest".
2 - Ceumar, "Maldito Costume".
3 - Letuce, "De Mão Dada".
4 - Jussara Silveira, Rita Ribeiro e Tereza Cristina, "Pôxa".
5 - Metric, "Help, I'm Alive".
6 - Passion Pit, "Make Light".
7 - Phoenix, "Rome".
8 - Regina Spektor, "Fidelity".
9 - She & Him, "Sentimental Heart".
10 - The Killers, "Sam' s Town".
11 - Starsailor, "Tell Me It's Not Over".
12 - Belle & Sebastian, "The Model".
13 - The XX, "Crystalised".
14 - Toni Platão, "Mares da Espanha".
15 - Monobloco e Elza Soares, "Eu Bebo Sim".

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Horizontalizar

Eu tenho um carinho tão raro

Eu tenho um carinho tão raro

E é tão caro de fazer em você

E é tão caro de fazer em você

Eu tenho um desejo enorme de te horizontalizar

Eu tenho um desejo eterno de te horizontalizar

Nosso amor é vertical, vai pra cima dos outros e de mim

É emocionante ver a vocalista se identificar com a canção e chorar. Tem que chorar mesmo. Lindo, lindo. Mesmo o vídeo não estando completo é uma das poucas coisas novas que vale a pena!

Obrigada mais uma vez minha amiga Daniela por ter me apresentado essa banda fantástica cahamada Letuce e dedico sempre a minha querida, Karina.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O pesadelo é não sonhar

O pior que podemor herdar é o medo. Medo de sonhar, de acreditar nos sonhos, em fadas ou duendes, de parecer ridículo por entre pessoas que não sabemos mais que o nome, medo de arriscar, quando tudo que temos é o incerto, a escuridão, o vazio, o nada.
Medo de se perder? Perder de quê se o mundo é tão grande e é nosso.
Medo de não conhecer? A gente não conhece quase nada, só os arrogantes acham que sabem de alguma coisa.
Medo de arriscar? O céu e o inferno estão aqui, diariamente e sentimos isso na pele manchada, na cabeça latejante, nos ombros que doem, na garganta irritada, no coração partido.
A única coisa que me dá medo é que eu sonho com tantas coisas e nada me parece ridículo o bastante e eu sei que não consiguirei viver tudo nessa minha única vida. Meu único inimigo é o relógio. Meus inimigos não são aqueles que zombam vulgares daquilo que me pertence, daqueles que não me conhecem e me criticam vorazmente como se fossem donos da única verdade do mundo.
Meu amor é meu e só os mais próximos o recebem. E concordo com Oscar Wilde e por isso não desperdiço o meu tempo valioso com o ignorante, o vulgar, o fútil que insiste em fazer parte em grande porcentagem nas pessoas tediosas. O meu tempo é meu e daqueles que sonham comigo, dormindo ou acordado.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

'Blue Valentine'




Além de esperar com ansiedade o novo filme de Sofia Copolla, este é outro que desejo muito assistir. Sou fã da atriz Michelle Williams!! E o trailer já me emocionou.

Estréia logo...