Ao assistir "Fim dos Tempos" do diretor M. Night Shyamalan, há a impressão de já tê-lo assistido antes. Mais um filme que divaga sobre catástrofes mundiais e pelo jeito não vai ser o único da temporada, na sala de cinema os trailers já anunciavam mais dois.
Qual o fascínio pelas catástrofes, sejam elas naturais ou produzidas pelo homem?
Acredito sempre no mote religioso por trás dessa questão: se a ciência e a tecnologia que supostamente deveriam intervir, pré-anunciar, evitar não o fazem é porque há o mesmo descrédito em relação a essas mesmas ciência e tecnologia: "Se Deus quiser, não há quem o impeça". E como argumentar com os religiosos de plantão sobre isso? Não há como argumentar tautologismos.
Outra questão é a falta de imaginação ou a solução fácil e rápida dada por esses filmes. A catástrofe acontece e na maioria das vezes não há explicação lógica ou razoável, passando longe do método filosófico e científico: conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos mais simples e fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus".
Em "O Fim dos Tempos" por exemplo há uma boa introdução para seduzir quem assiste, anuncia-se o tema, mas não há exposição de idéias, a introdução acaba como uma promessa não cumprida do diretor em desenvolver o tema.
Como conversar, discutir sobre algo que não é desenvolvido e nem pode? Só religião e metafísica. E é exatamente isso o latente desse tipo de filme, colocam-se situações hipotéticas que jamais serão corroboradas ou refutadas, para lembrar, mesmo que inconscientemente, que existe algo maior que nós e contra isso ninguém pode, pena que não podemos reclamar o dinheiro da entrada do cinema também.
Qual o fascínio pelas catástrofes, sejam elas naturais ou produzidas pelo homem?
Acredito sempre no mote religioso por trás dessa questão: se a ciência e a tecnologia que supostamente deveriam intervir, pré-anunciar, evitar não o fazem é porque há o mesmo descrédito em relação a essas mesmas ciência e tecnologia: "Se Deus quiser, não há quem o impeça". E como argumentar com os religiosos de plantão sobre isso? Não há como argumentar tautologismos.
Outra questão é a falta de imaginação ou a solução fácil e rápida dada por esses filmes. A catástrofe acontece e na maioria das vezes não há explicação lógica ou razoável, passando longe do método filosófico e científico: conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos mais simples e fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus".
Em "O Fim dos Tempos" por exemplo há uma boa introdução para seduzir quem assiste, anuncia-se o tema, mas não há exposição de idéias, a introdução acaba como uma promessa não cumprida do diretor em desenvolver o tema.
Como conversar, discutir sobre algo que não é desenvolvido e nem pode? Só religião e metafísica. E é exatamente isso o latente desse tipo de filme, colocam-se situações hipotéticas que jamais serão corroboradas ou refutadas, para lembrar, mesmo que inconscientemente, que existe algo maior que nós e contra isso ninguém pode, pena que não podemos reclamar o dinheiro da entrada do cinema também.